Numa altura em que me sinto particularmente vulneravel, recebi, duma amiga inesperada, umas palavras de conforto e uma distinção que me coube na perfeição: a partir de hoje, onde quer que me perguntem a minha profissão, responderei que sou doutora em desenvolvimento infantil e relações humanas; que desenvolvo um trabalho em regime de exclusividade durante cerca de 14 horas diárias, podendo estender-se às 24 e que abracei este projecto há cerca de 1 ano, realizando-se dentro e fora de casa, a longo prazo.
Ora aí está a melhor designação para todas as mulheres que, como eu, se dedicam em exclusivo ao bem maior que é a familia. Nesta sociedade que discrimina tão facilmente quem não detém um titulo e que se dedica cada vez mais a uma especialização profissional, esquecendo que a arte de amar é a melhor especialização que qualquer pessoa pode ter.
Pelo futuro, pelos nossos filhos, bem hajam todas as mães que tem a coragem de ser doutoras...
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